E mais uma vez,
paro meu carro, e em meu lugar secreto, me deito a luz da lua e das estrelas e
deixo minha mente voar, navegar por mundos, pensamentos e mistérios
inexplorados, não mais me preocupando com as leis da física e com respostas
jamais ditas. Aqui nesse momento, não existem barreiras ou distâncias e o tempo
a muito deixou de existir, e a dor... A dor ainda esta lá, porém apenas como
uma breve lembrança, de um mundo que se perdeu. Como um sussurro de que há e
sempre existirá humanidade...
Deixo minha mente me levar, sem me preocupar, sem pensar, não
me importando com uma realidade que não há. Flerto com as estrelas e me entrego
a alucinante dança, daquelas que são filhas da lua, compartilho seus segredos,
aprendendo aquilo que, dos seus mistérios me permitem aprender. Me agarro a
esse momento com voracidade, porém cuidado e sorrio ao pensar que, não há lugar
melhor para estar, para redescobrir o que foi perdido no tempo. E por quê?
Justamente porque aqui o tempo não existe, aqui o novo e o eterno coexistem com
graça e terror, com poder, com desenvoltura, com uma sabedoria que, me envolve
em um abraço de reconhecimento, de compreensão e com gentileza sou jogado de
encontro ao me próprio corpo, com promessas de novos encontros, com desafios
sussurrados e com pedidos...
Redescubro o
mundo a minha volta, e encontro lágrimas .. Minha memória me trai,
mas me coração incendiado por aquele encontro, aquece minha alma. E me lembra
de fragmentos de segredos, do sussurro de promessas e de palavras que, hoje não
direi aqui!
OPF - 27/11/2012